CABIRG

O Centro Acadêmico de Biblioteconomia Ramiz Galvão, representa os alunos do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará.

Se localiza na Avenida da Universidade - 2762, CH2, Benfica, 60020-180, Fortaleza/CE Contato: 3366 7732

Não contém nenhum registro histórico da sua data de criação, mas seu nome é em homenagem ao biógrafo Ramiz Galvão.

Benjamin Franklin Ramiz GalvãoBarão de Ramiz

(1846 - 1938)

  Médico, filólogo, biógrafo e educador brasileiro nascido em Rio Pardo, Estado do Rio Grande do Sul, amigo do imperador e preceptor (1882-1889) dos príncipes imperiais, netos de D. Pedro II e filhos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel. Filho de João Galvão e de Maria Joana Ramiz Galvão, foi com os pais aos seis anos para o Rio de Janeiro, onde fez estudos primários no Colégio Amante da Instrução e os secundários no Colégio Pedro II, bacharelando-se em letras (1861). Aos 19 anos escreveu o seu mais importante livro, O púlpito no Brasil (1867) e formou-se na Escola de Medicina do Rio de Janeiro (1868). Inicialmente foi cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação e depois foi professor de grego no Colégio Pedro II e de química orgânica, zoologia e botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Por causa de sua amizade com D. Pedro II, desde os tempos escolares, exerceu cargos honrosos a serviço do amigo. Por doze anos dirigiu a Biblioteca Nacional, onde organizou a exposição camoniana (1880) e a de História do Brasil, no ano seguinte, com os respectivos e preciosos catálogos. Por decreto do governo imperial (1888), recebeu o título de Barão de Ramiz. Porém, não só no Império como também na República ocupou vários cargos importantes, graças à sua capacidade de trabalho, valor intelectual e profunda cultura. Por duas vezes, foi diretor geral da Instrução Pública do Distrito Federal e foi também o primeiro reitor da Universidade do Brasil, criada no dia sete de setembro (1920) com o nome de Universidade do Rio de Janeiro e depois de reorganizada (1937), no alvorecer do Estado Novo, passou a se chamar Universidade do Brasil (1937-1965), quando se tornou Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ. Organizou o Asilo Gonçalves de Araújo, instituição destinada a educar crianças pobres, conforme vontade expressa do seu doador, e foi seu diretor (1899-1931). Como filólogo destacou-se com as publicações Catalogo do Gabinete Portuguez de Leitura (1906) e Vocabulario etymologico, ortographico e prosodico das palavras portuguezas derivadas da lingua grega (1909). Colaborou com artigos publicados no Jornal do Commercio e foi eleito o segundo ocupante da Cadeira 32, eleito na sucessão de Carlos de Laet, para a Academia Brasileira de Letras (1928), aos 92 anos, depois de uma tentativa anterior (1912). Como acadêmico fez parte da Comissão do Dicionário (1928), da Comissão de Gramática (1929) e foi presidente (1934). Também foi sócio grande benemérito e orador perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, membro honorário da Academia Nacional de Medicina e de diversas Associações Científicas e Literárias e faleceu no Rio de Janeiro, hoje capital do Estado do Rio de Janeiro, aos 83 anos.


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